O curta-metragem pernambucano Preconceito no Futebol foi premiado no Festival Visões Periféricas, do Rio de Janeiro, na Mostra Competitiva ...
O curta-metragem pernambucano Preconceito no Futebol foi premiado no Festival Visões Periféricas, do Rio de Janeiro, na Mostra Competitiva Visorama, que conta com filmes de até 15 minutos produzidos em projetos de formação audiovisual no ensino básico, médio e/ou projetos de organizações sociais. O anúncio foi feito na noite desta segunda-feira (21) em cerimônia transmitida pelo site e youtube do festival.
O curta-metragem é uma produção coletiva promovida pelas jovens e pelos jovens do percurso formativo da Escola de Cidadania para Adolescentes, na Região Metropolitana do Recife, projeto realizado em Pernambuco pela instituição ACESA - Associação Cultural Esportiva Social Amigos, da Biblioteca Comunitária Amigos da Leitura, integrante da Releitura- Bibliotecas Comunitárias em Rede, em parceria com a ONG Viração. O grupo formado por Daniele Farias, Rhayanne Ketyne, Manoel Ramos e Matheus Souza, que praticam futsal na ACESA, escreveu o roteiro e protagonizou o filme para refletir sobre o preconceito em relação ao futebol feminino em uma sociedade machista, sobre a dificuldade de encontrar times femininos e os espaços para que elas possam praticar o esporte livremente. A história de ficção é baseada em fatos reais e apresenta elementos do documentário com relatos dos preconceitos que Daniele e Rhayanne vivenciam no dia a dia. No Brasil, a luta e a busca por conquistas no futebol feminino são diárias. E ainda falta muito, principalmente em um país em que o direito de praticar a modalidade foi negado por décadas às mulheres. “No país do futebol” a prática esportiva só deixou de ser proibida para mulheres por lei em 1979. Mas a falta de incentivo e preconceito ainda são desafios a serem enfrentados pelas mulheres até hoje. Na luta diária do futebol feminino é muito importante a visibilidade sobre o assunto que o filme apresenta para chamar atenção para o debate para que o movimento de luta e libertação pelo futebol feminino se fortaleça cada vez mais, ganhe cada vez mais adeptas e adeptos, e conquistem seus direitos mesmo diante de todo esse contexto excludente.
Em anos anteriores, o projeto Escola de Cidadania para Adolescentes foi aplicado na cidade de São Paulo (SP) e Belém (PA). Em 2020, a Escola de Cidadania partiu para Recife (PE). Com o avanço da pandemia de Covid-19, alguns desafios apareceram para a execução da formação e a equipe do projeto em Pernambuco, composta por Fábio Rogério, Ana Paula Ferreira e Tarcísio Camêlo, precisou redesenhar o percurso formativo para o modelo híbrido, buscando soluções em plataformas e conteúdos digitais para garantir a realização dos encontros.
ACESA - é uma instituição que acredita no poder da leitura e do esporte para o desenvolvimento de um trabalho social, educacional, cultural e informativo, contribuindo para a autonomia das pessoas, transformação das condições de vida e relações sociais na região da comunidade do Alto José Bonifácio. Conheça mais no site https://acesaorg.wixsite.com/acesa