Ao longo dos anos, pautando o livro e a leitura literária no dia a dia, a Rede tem alcançado resultados significativos, os quais demonstram a efetividade da atuação das bibliotecas comunitárias, com o aumento gradual no número de leitores, empréstimos de livros literários e não literários. O último balanço realizado pela Releitura, contabilizando todas as bibliotecas da rede, contava com o total 4.895 leitores/as cadastrados/as, com uma média de 8.300 empréstimos anual e 7.000 participantes de outras atividades culturais e literárias desenvolvidas nas bibliotecas que integram a Rede. A releitura desenvolve atividades interna e externas, trabalha com formação para gestores e mediadores de leitura por meio de debates, oficinas e encontros.
Hoje a rede conta com 09 bibliotecas participantes, são elas: Biblioteca Amigos da Leitura (Alto José Bonifácio, Recife), Biblioteca Cepoma (Brasília Teimosa, Recife), Biblioteca Educ Guri (Mangueira, Recife), Biblioteca Popular do Coque (Coque, Recife), Biblioteca do Poço (Poço da Panela, Recife), Biblioteca Multicultural Nascedouro (Peixinhos, Recife/Olinda), Biblioteca Solar de Ler (Carmo, Olinda), Biblioteca Caboclo Girassol (Águas Compridas, Olinda) e Biblioteca Peró (Piedade, Jaboatão dos Guararapes).
Atualmente, a Releitura integra também a RNBC - Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias que surgiu de um processo histórico, social, cultural e político que culminou na organização em rede de bibliotecas comunitárias em várias cidades do país.
Quer saber mais? Conheça nossos eixos de trabalho
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- Incidência Política
- Os integrantes da Releitura também participam ativamente na incidência política, atuando em conselhos de cultura, fóruns, espaços de discussões de elaboração e participação social visando à construção de políticas públicas de estímulo às bibliotecas, ao livro e a leitura literária. Acreditamos que as políticas públicas de cultura constroem-se a partir da mobilização e conscientização de diversos sujeitos e linguagens e por meio da incidência política junto ao poder público.
- Articulação
- A Releitura surgiu pela necessidade de que as bibliotecas comunitárias sentiam de trocar experiências e para potencializar as vivências em coletivo. Sendo assim, a articulação primeira dá-se a partir das próprias bibliotecas que integram a rede, fortalecendo umas às outras. Com isso, buscamos parcerias com agentes dos movimentos sociais, de instituições federais, escolas, instâncias deliberativas e/ou consultivas e mesmo os gestores municipais e estadual.
Isso, pois, acreditamos que o constante diálogo e observação de pautas em comum tornam-se importantes para o fortalecimento das ações e da própria Releitura. Sendo assim, atualmente, a rede possui articulações com o Centro de Estudos em Educação e Linguagens - CEEL/UFPE (por meio do Programa de Extensão: Bibliotecas Comunitárias na UFPE e UFPE nas Bibliotecas Comunitárias); Centro de Cultura Luiz Freire - CCLF (na constante luta pelos Direitos Humanos); Articulações com escritores, poetas, autores, bibliotecários, entre outros que integram os eixos do livro, leitura, literatura e bibliotecas; articulações no Fórum Pernambucano em Defesa das Bibliotecas, Livro, Leitura e Literatura; bem como as articulações com outras bibliotecas comunitárias que integram a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias - RNBC. - Mobilização de recursos
- Além de uma boa gestão compartilhada, as bibliotecas comunitárias requerem, também, ações de mobilização de recursos, já que, essas surgem pelos anseios das próprias comunidades de terem espaços que garantam o direito à leitura e à informação, algo muitas vezes negligenciado pelo poder público. Com isso, a Releitura coloca-se em constante busca por parceiros, apoiadores e autossustentabilidade a partir de venda de serviços em: formação de mediadores de leituras, mediações de leituras em espaços escolares e não escolares, palestras, consultorias, cursos, oficinas, entre outros, para a perpetuação das ações desenvolvidas pelas bibliotecas comunitárias e pela Rede.
- Gestão Compartilhada
- A Releitura preza por uma gestão compartilhada das ações, decisões e gestão de recursos, ou seja, temos como princípios: a horizontalidade, a transparência, o diálogo e a participação democrática.
- Comunicação
- A comunicação é uma ferramenta fundamental para que se possa levar a luta da promoção do acesso às bibliotecas, aos livros e à leitura literária como direito humano para mais gente. A Releitura acredita na importância do direito à comunicação para garantir o direito de transmitir e receber informações, a fim de que as pessoas possam se expressar, contar e criar suas próprias histórias e narrativas ficcionais e /ou documentais nos diversos ambientes de convivência, diálogo e colaboração do mundo contemporâneo. O acesso ao direito à comunicação contribui, de forma significativa, para o fortalecimento da autonomia e empoderamento dos/das moradores/as de comunidades populares como criadores dos seus próprios conteúdos, da leitura crítica do mundo e dos seus próprios sonhos.
- Espaço
- As bibliotecas que fazem parte da Releitura são tão aconchegantes como um abraço, coloridas e com livros ao alcance de todas as mãos, tendo o objetivo de estimular a interação do leitor com os vários gêneros e suportes de leitura. Você provavelmente irá encontrar um tapete colorido no chão, almofadas, muitos livros e um mediador de leitura a disposição.
Alguns pontos importantes sobre os espaços das bibliotecas:
> Mobiliário adequado: altura ao alcance das mãos das crianças;
> Equipamento: computadores disponíveis para o processamento técnico dos livros;
> Infraestrutura: ventilação e iluminação adequadas;
> Ambientação: livros e mais livros com alguns objetos de decoração que fazem parte do universo da comunidade e da literatura;
> Dinamização: programação cultural viva!
> Visibilidade: placas de sinalização e cartazes com a programação cultural você vai encontrar pelo caminho à biblioteca;
> Acessibilidade: porta aberta, abraço dado! - Acervo
- Nosso acervo conta com livros de literatura nacional e estrangeira e, investimos, também, em autores das comunidades locais.
A organização do acervo é pensada para que o leitor tenha autonomia ao encontrar seu livro. Para isso, dividimos em: literatura infantil, juvenil e adulta e por gêneros literários. Todas as bibliotecas da Releitura seguem a classificação por cores, desenvolvida por Cida Fernandez do Centro de Cultura Luiz Freire - CCLF,- nosso parceiro. A catalogação dos livros é realizada no software Biblivre e conta com apoio técnico de uma bibliotecária.
No tocante ao acervo, buscamos sempre a atualização dos livros, por meio da retirada de alguns e a inserção de outros, a fim de oferecer o melhor para os nossos leitores. - Mediação de Leitura
- A promoção de uma cultura voltada para a leitura do livro literário e de uma cultura letrada é um dos principais objetivos da Releitura. Por isso, as mediações de leituras são estratégias importantes para que isso aconteça. Um(a) mediador(a) de leitura facilita o processo de formação de leitor e cria um ambiente favorável para que esse(a) potencial leitor(a) inicie-se na leitura literária. Assim sendo, as mediações de leitura são ações primeiras dentro dos espaços das bibliotecas.
- Enraizamento comunitário
- Uma biblioteca comunitária tem raízes, estas são as comunidades. Um bom enraizamento comunitário aproxima ainda mais as pessoas das bibliotecas. Dessa forma, a Releitura prioriza ações que dão visibilidade às bibliotecas e integram vários agentes do entorno desses espaços. Sendo assim, ações de mediação de leituras, ocupação de espaços comunitários, fortalecimento de laços com as famílias dos leitores e uma gestão compartilhada trazendo a comunidade para discutir, são essenciais para o crescimento das raízes.