[caption id="attachment_3594" align="alignnone" width="4730"] Integrantes da Releitura[/caption] Ontem, 23, a...
Integrantes da Releitura[/caption]Ontem, 23, aconteceu no COMPAZ Ariano Suassuna a inauguração do projeto "Tô na Rede", de realização do MOB Pernambuco - Empreendedorismo Cultural e Social. A proposta do projeto é engajar as pessoas para fortalecer as bibliotecas públicas, garantir a cidadania e melhorar a relação entre essas bibliotecas e a comunidade.
A Releitura sempre visa ocupar esses espaços de discussões políticas e sociais, por isso estávamos presentes nesta inauguração. Apesar da Releitura ter algumas críticas em como foi pensado o COMPAZ e como foi pouco discutido com a comunidade. Sabemos que o espaço é importante e sempre estaremos presentes para que se mantenha a qualidade, que seja sempre voltada para as comunidades e que não seja usada como objeto de trocas políticas. Esse é o nosso papel como uma rede de bibliotecas comunitárias, lutando pela garantia da Literatura como um direito humano.
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Tenda da Releitura[/caption]A Releitura recepcionou as pessoas com sussurros poéticos, com sombrinhas poéticas, cantando a música "Tá caindo fulô/Tá caindo fulô...". As pessoas que entravam no evento eram recepcionadas com muita alegria e poesia. Montamos nossa tenda, cestos, tapetes e almofadas; levamos nosso acervo e colocamos à disponibilidade dos participantes, crianças e adolescentes que estavam no local. Proporcionando uma leitura tranquila e confortável.
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Na programação do evento teve a participação da youtuber Bibi tatto, que fez a alegria das crianças; da booktuber Tatiana Feltrin, uma das mais influentes na área do livro na plataforma do Youtube, a Tatiana trouxe sua experiência como influenciadora digital, e sobre como o mercado do livro está se comportando frente a essa nova ferramenta digital. No evento também teve a participação da cantora, a rapper Tássia Reis, que falou sobre sua militância no movimento feminista e de empoderamento da mulher, principalmente as mulheres negras, que sempre lutam para garantir seu espaço, mesmo em uma mídia branca; e Esmeralda do Carmo Ortiz, escritora, jornalista e cantora de samba, ela trouxe a sua história de vida, que marca muitas mulheres negras pelo Brasil e como conseguiu superar todas as dificuldades que lhes eram impostas, desde a marginalização até o uso do crack. Hoje, Esmeralda é jornalista, escritora e seu livro recente de título: "Esmeralda: Por que não dancei", que foi discutido no evento; e cantora de samba, nos alegrou e nos colocou para dançar com sua música.
Outra presença forte foi a de Mãe Beth de Oxum, com sua forte personalidade e não se deixando rebaixar pelas enganosas políticas públicas, Beth denunciou o descaso com a cultura e com o movimento negro. Apontou que nas escolas não há espaço para discutir a cultura negra, que tanto
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Mãe Beth de Oxum dançando uma roda de Coco[/caption]constrói a identidade do povo brasileiro, principalmente da população mais pobre, de maioria negra. Beth nos agraciou com sua experiência com a tecnologia e a garantia do acesso em seus projetos. Através dos jogos eletrônicos e do game "Contos de Ifá", desenvolvido por alunos de uma oficina promovida pelo Coco de Umbigada, traz informações sobre a cultura e a religião do candomblé, desmistificando muitos preconceitos e garantindo o acesso à informação de uma maneira lúdica. Beth terminou sua fala, nos agraciando com uma Roda de Coco.
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Bel Mayer (Coordenadora do Programa de Direitos Humanos no IBEAC e integrante da RNBC)[/caption]Todo esse dia foi mediado pela presença ilustríssima de Bel Santos Mayer (Coordenadora do Programa de Direitos Humanos no Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário; e integrante da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias, cuja Releitura também integra). Bel trouxe essa força que são as bibliotecas comunitárias, na garantia do acesso ao livro como um direito humano.
O evento foi encerrado com uma apresentação da youtuber Bibi Tatto, do show de Nena Queiroga, Batuqueiros do Silêncio e Academia da Berlinda.
São em espaços assim que a Releitura se mantém sempre presente. Onde tenha espaço para se discutir a Literatura, as Bibliotecas e o direito ao acesso a estes, sempre estaremos presentes para garantir a nossa voz e a voz da comunidade. O evento foi muito enriquecedor e esperamos que seja um primeiro passo para quebrar a barreira entre os gestores públicos e as bibliotecas comunitárias.
