Foi lançado nesta segunda, 13, o livro com a segunda etapa da pesquisa de mapeamento das bibliotecas comunitárias de Pernambuco. Realizado...
Foi lançado nesta segunda, 13, o livro com a segunda etapa da pesquisa de mapeamento das bibliotecas comunitárias de Pernambuco. Realizado pelo escritor e pesquisador André Cervinski, da Bersatto Produção Cultural, e pelo professor Gabriel Santana, ex-integrante da Releitura, o livro está em sua segunda etapa. Rafael Nascimento, integrante da Releitura e estudante de Letras, também participou do projeto, como pesquisador.
O lançamento aconteceu no auditório do Centro de Artes e Comunicação, da UFPE. Além de André, Gabriel e Rafael, o professor Lourival Pereira, do Departamento de Biblioteconomia da UFPE, compôs a mesa de debates.
A PESQUISA - Nesta fase, a pesquisa diagnosticou a situação das bibliotecas de Garanhuns e Afogados da Ingazeira. A primeira etapa, realizada em 2014, englobou os municípios de Caruaru e São José do Egito.
A pesquisa apresenta um panorama qualitativo de avaliação dos equipamentos. “Em geral o espaço é cedido pela prefeitura e a própria comunidade se organiza para mantê-lo por acreditar na importância. Mas a maioria é bem precária e funciona no improviso, com voluntários. Não tem computador e, muito menos, acesso à internet”, pontua Cervinskis.
O estudo identificou que Garanhuns (microrregião do Pajeú) possui um conjunto de bibliotecas escolares muito atuante, parceria importante para formação de leitores. Lá é justamente onde há maior ação do Estado, que ratifica a dependência dessa relação.
POLÍTICAS PÚBLICAS - Entre as conclusões, os coordenadores recomendam que haja uma maior participação do Poder Público, inclusive com linhas de incentivo e financiamento, o que poderia ser feito através de um Plano Municipal e Plano Estadual para o Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca.
Para Rafael, da Releitura, iniciativas como essa, de mapeamento das bibliotecas, são fundamentais: "A criação de políticas públicas de incentivo à leitura e de formação de leitores é uma luta antiga da Releitura. Com a ação coletiva da rede, além de buscar a sustentabilidade das bibliotecas comunitárias, tentamos viabilizar a qualidade do acervo e da ação destes espaços de leitura. É preciso que essas redes se multipliquem e ampliem e que o Estado seja parceiro da sociedade civil".
Com Folha de Pernambuco