A Releitura PE - Bibliotecas Comunitárias em Rede contou com uma programação especial durante a Semana da Literatura Infantil (14 a 16 de ab...
A Releitura PE - Bibliotecas Comunitárias em Rede contou com uma programação especial durante a Semana da Literatura Infantil (14 a 16 de abril), uma comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil (18), criado em homenagem ao escritor Monteiro Lobato. Dezenas de crianças participaram das atividades feitas em três bibliotecas da Rede e conheceram mais sobre as obras do autor.
Durante o dia 14, abertura da Semana, as bibliotecas Multicultural Nascedouro, localizada em Olinda, e a do Coque, situada no bairro de mesmo nome, no Recife, desenvolveram rodas de leitura com as crianças e realizaram palestras sobre a vida de Monteiro Lobato. Na Biblioteca Lar MeiMei, em Olinda, uma exposição de livros com as obras do escritor foi feita no local, seguida de uma roda de leitura.
Já no dia 15, a biblioteca do Coque encantou a todos da comunidade com poesias nas esquinas. A atividade foi feita pelos mediadores do equipamento com a ajuda dos moradores. No Lar MeiMei, a atração do dia foi audiovisual: as crianças assistiram ao Sítio do Picapau Amarelo e tiveram a oportunidade de participar do Cochico Poético na feira da sulanca do local, promovido pelos articuladores da Rede.
No encerramento das atividades, dia 16, os membros da Releitura e moradores do bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, fizeram um protesto em frente à Biblioteca Jornalista Alcides Lopes - uma das duas bibliotecas públicas municipais existentes - para reivindicar melhoria na estrutura do espaço, que sofre com infiltrações, goteiras e umidade, além de insegurança. Além do ato, os integrantes da manifestação realizaram rodas de leitura na calçada do equipamento um cochicho poético pelas ruas do bairro.
Para Fábio Rogério, um dos articuladores da Rede, a Semana serviu para comemorar uma data que é tão importante para o país e cobrar do poder público mais respeito com os espaços de leitura da cidade. “Nós, que fazemos a Releitura, não estamos só preocupados com as nossas bibliotecas e comunidades. Estamos lutando por uma cidade leitora e, para isso, precisamos de cada local desse, seja uma biblioteca pública, escolar ou comunitária”. O protesto repercutiu na imprensa local e ganhou o apoio de dezenas de pessoas pelas redes sociais.
“Infelizmente as bibliotecas estão esquecidas há muito tempo pela gestão pública. Esse protesto teve o objetivo mostrar para a sociedade que estamos lutando por elas e não vamos parar até ver cada espaço de leitura um espaço vivo, onde as pessoas possam ascender culturalmente”, conta Fábio.