[caption id="attachment_2155" align="alignleft" width="300"] Érica Verçosa, contadora de histórias e assessor...
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Érica Verçosa, contadora de histórias e assessora Pedagógica do Programa Prazer em Ler do Instituto C&A comandou o primeiro Café Literário - Fotos: BP Coque[/caption]
A Biblioteca Popular do Coque promove, nesta quarta-feira, 11 a segunda edição do Café Literário, à partir das 15:00 horas, inaugurado em junho passado - aqui. O Coque é o centro dos poemas e histórias e de toda a programação, informa a página da Biblioteca no Facebook: "nossa relação com o lugar em que moramos, nossa resistência e a importância de estarmos juntos para defender o que é nosso".
Nem só de leitura vive o Café Literário da BP Coque. Planejada para inserir-se nas ações do Coque (R)existe, desta vez a atividade exibe, também, videos produzidos pelo movimento Coque (R)existe sobre despejos e ameaças de remoção na comunidade, conta Fabiana Coelho, mediadora de leitura e uma das gestoras da Biblioteca. Jornalista, escritora e contadora de histórias, é ela quem comanda as brincadeiras, nesta edição.
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A segunda edição se insere no movimento Coque (R)existe, do qual a BP Coque é participante ativa. Na foto, atividade do protesto de 04 de agosto, que mobilizou toda a comunidade[/caption]
Quem planta colhe, diz o ditado popular. Na última segunda-feira, a gente do Coque recebeu excelente notícia: o anúncio de que o terreno destinado pela Prefeitura à construção da nova sede da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, volta às mãos do povo. Resta decidir o que vai ocupar o terreno. Sem dúvida, mais um item de pauta para as reuniões semanais da comunidade, que acontece às quintas.
Para fechar, compartilhamos poema de Wilson Freire, poeta de Sertânia, para o Coque. Capturamos na página da BP Coque no FB, pois segundo nos informa Fabiana Coelho, o blogue da BP está com problemas técnicos:
COCO DA RESISTÊNCIA
Cocada, coco e coqueiro
Coqueiral, coco do Coque
Se bulir comigo eu grito
Baladeira de bodoque
Escute, o Coque
é terra de Coqueirense
Não de besta, que não pense
onde é o seu lugar
E o coquista
chama todos para a luta
segurando na batuta
da batida do ganzá
Essa comuna
foi fundada no sol quente
sob a lua, no sol quente,
num galope à beira mar
e não vai ser
nenhum desses salafrários
travestidos de empresários
que vem cá nos expulsar
Fique na sua
deixe nós aqui na nossa
pois senão o caldo engrossa
e o bicho vai pegar
Pois cá no Coque
não existe Zé Mané
ou vocês dão marcha ré
ou o pau cá vai quebrar
E aqui eu findo
esse coco carretilha
xô esperto, xô quadrilha
vão grilar noutro lugar
Pois esse Coque
já tem dono e não se vende
não rendeu, nunca se rende
e jamais se renderá"
A Biblioteca Popular do Coque promove, nesta quarta-feira, 11 a segunda edição do Café Literário, à partir das 15:00 horas, inaugurado em junho passado - aqui. O Coque é o centro dos poemas e histórias e de toda a programação, informa a página da Biblioteca no Facebook: "nossa relação com o lugar em que moramos, nossa resistência e a importância de estarmos juntos para defender o que é nosso".
Nem só de leitura vive o Café Literário da BP Coque. Planejada para inserir-se nas ações do Coque (R)existe, desta vez a atividade exibe, também, videos produzidos pelo movimento Coque (R)existe sobre despejos e ameaças de remoção na comunidade, conta Fabiana Coelho, mediadora de leitura e uma das gestoras da Biblioteca. Jornalista, escritora e contadora de histórias, é ela quem comanda as brincadeiras, nesta edição.
[caption id="attachment_2154" align="alignleft" width="300"]
Quem planta colhe, diz o ditado popular. Na última segunda-feira, a gente do Coque recebeu excelente notícia: o anúncio de que o terreno destinado pela Prefeitura à construção da nova sede da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil, volta às mãos do povo. Resta decidir o que vai ocupar o terreno. Sem dúvida, mais um item de pauta para as reuniões semanais da comunidade, que acontece às quintas.
Para fechar, compartilhamos poema de Wilson Freire, poeta de Sertânia, para o Coque. Capturamos na página da BP Coque no FB, pois segundo nos informa Fabiana Coelho, o blogue da BP está com problemas técnicos:
COCO DA RESISTÊNCIA
Cocada, coco e coqueiro
Coqueiral, coco do Coque
Se bulir comigo eu grito
Baladeira de bodoque
Escute, o Coque
é terra de Coqueirense
Não de besta, que não pense
onde é o seu lugar
E o coquista
chama todos para a luta
segurando na batuta
da batida do ganzá
Essa comuna
foi fundada no sol quente
sob a lua, no sol quente,
num galope à beira mar
e não vai ser
nenhum desses salafrários
travestidos de empresários
que vem cá nos expulsar
Fique na sua
deixe nós aqui na nossa
pois senão o caldo engrossa
e o bicho vai pegar
Pois cá no Coque
não existe Zé Mané
ou vocês dão marcha ré
ou o pau cá vai quebrar
E aqui eu findo
esse coco carretilha
xô esperto, xô quadrilha
vão grilar noutro lugar
Pois esse Coque
já tem dono e não se vende
não rendeu, nunca se rende
e jamais se renderá"