O clima de Natal é inescapável. Nossa ideia inicial era encontrar um poema de autor pernambucano que falasse sobre essa data tão importante ...
O clima de Natal é inescapável. Nossa ideia inicial era encontrar um poema de autor pernambucano que falasse sobre essa data tão importante na vida das pessoas, independentemente da fé ou religião. Mesmo aquelas que não creem, se valem da oportunidade para confraternizar com amigos e familiares, quase sempre.
Na busca pela Internet, numa dessas felizes coincidências, encontramos a reprodução de catálogo especial de exposição realizada em 2006, com o título "O Natal em Manuel Bandeira e Cândido Portinari", realizada pela Superintendência de Bibliotecas Públicas do governo de Minas - aqui a íntegra. A história que reproduzimos abaixo é a abertura do catálogo, que traz poemas do pernambucano ilustradas com obras do pintor brasileiro, nascido no interior de São Paulo e radicado no Rio de Janeiro, a partir dos 15 anos. E um saboroso texto do próprio Bandeira, explicando o nascimento de seus 10 poemas escritos, nas palavras do poeta, "por ocasião do Natal".
A Releitura - Bibliotecas Comunitárias em Rede deseja a vocês um Feliz Natal, com paz, harmonia, alegria e abundância.
Reza a tradição franciscana que, no Natal de 1223, estando São Francisco de Assis em Greccio, quis ajudar a celebrar a Missa do Galo em uma gruta nos arredores da cidade, posta à disposição dos irmãos franciscanos por um amigo do Santo. Por sua determinação, foi organizado no local uma reprodução das condições em que nasceu Jesus, com a manjedoura, o burro e o boi. Os moradores dos arredores acorreram em grande número, com tantas velas e lanternas, que o bosque ficou iluminado como se fosse dia.
Durante a missa, o amigo, ao olhar para a manjedoura, viu, deitado nela, uma criança adormecida. Francisco, então, pegou-a, delicadamente, no colo. Ela acordou, sorriu e brincou com sua barba, exatamente como se Jesus menino estivesse no colo do Santo. Para o amigo de São Francisco, foi como se Jesus, que até então estivera adormecido no coração dos homens, houvesse acordado com as palavras e atos do santo Assis.
Mais tarde, Francisco falou ao povo sobre o nascimento de Cristo e o significado do Natal com tal calor, que todos se encheram de grande alegria. No ano seguinte, os habitantes de Greccio contavam com tanta admiração as alegrias dessa bela Noite de Natal, que por toda parte se passou a reconstituir nas grutas e estábulos a cena tocante do Nascimento de Jesus.
É por isso que, se nos países do norte da Europa o símbolo do Natal é o pinheiro coberto de neve e decorado com objetos coloridos, no sul, onde impera a tradição latina, o verdadeiro símbolo do Natal é o Presépio ou Presepe, a reprodução do nascimento de Jesus inventada por São Francisco de Assis.
Também na tradição natalina brasileira, filha direta da portuguesa, o Presépio é presença indispensável nas casas onde se celebra o Nascimento de Cristo. Não é de se admirar, então, que dois dos maiores artistas brasileiros do século XX, o poeta Manuel Bandeira e pintor Cândido Portinari, tenham esse tema presente de maneira marcante em suas produções.
Na busca pela Internet, numa dessas felizes coincidências, encontramos a reprodução de catálogo especial de exposição realizada em 2006, com o título "O Natal em Manuel Bandeira e Cândido Portinari", realizada pela Superintendência de Bibliotecas Públicas do governo de Minas - aqui a íntegra. A história que reproduzimos abaixo é a abertura do catálogo, que traz poemas do pernambucano ilustradas com obras do pintor brasileiro, nascido no interior de São Paulo e radicado no Rio de Janeiro, a partir dos 15 anos. E um saboroso texto do próprio Bandeira, explicando o nascimento de seus 10 poemas escritos, nas palavras do poeta, "por ocasião do Natal".
A Releitura - Bibliotecas Comunitárias em Rede deseja a vocês um Feliz Natal, com paz, harmonia, alegria e abundância.
A origem do Presépio
Reza a tradição franciscana que, no Natal de 1223, estando São Francisco de Assis em Greccio, quis ajudar a celebrar a Missa do Galo em uma gruta nos arredores da cidade, posta à disposição dos irmãos franciscanos por um amigo do Santo. Por sua determinação, foi organizado no local uma reprodução das condições em que nasceu Jesus, com a manjedoura, o burro e o boi. Os moradores dos arredores acorreram em grande número, com tantas velas e lanternas, que o bosque ficou iluminado como se fosse dia.
Durante a missa, o amigo, ao olhar para a manjedoura, viu, deitado nela, uma criança adormecida. Francisco, então, pegou-a, delicadamente, no colo. Ela acordou, sorriu e brincou com sua barba, exatamente como se Jesus menino estivesse no colo do Santo. Para o amigo de São Francisco, foi como se Jesus, que até então estivera adormecido no coração dos homens, houvesse acordado com as palavras e atos do santo Assis.
Mais tarde, Francisco falou ao povo sobre o nascimento de Cristo e o significado do Natal com tal calor, que todos se encheram de grande alegria. No ano seguinte, os habitantes de Greccio contavam com tanta admiração as alegrias dessa bela Noite de Natal, que por toda parte se passou a reconstituir nas grutas e estábulos a cena tocante do Nascimento de Jesus.
É por isso que, se nos países do norte da Europa o símbolo do Natal é o pinheiro coberto de neve e decorado com objetos coloridos, no sul, onde impera a tradição latina, o verdadeiro símbolo do Natal é o Presépio ou Presepe, a reprodução do nascimento de Jesus inventada por São Francisco de Assis.
Também na tradição natalina brasileira, filha direta da portuguesa, o Presépio é presença indispensável nas casas onde se celebra o Nascimento de Cristo. Não é de se admirar, então, que dois dos maiores artistas brasileiros do século XX, o poeta Manuel Bandeira e pintor Cândido Portinari, tenham esse tema presente de maneira marcante em suas produções.