Na última terça-feira, dia 16 de junho, integrantes da Rede de Bibliotecas Comunitárias discutiram tema de fundamental importância para a so...
Na última terça-feira, dia 16 de junho, integrantes da Rede de Bibliotecas Comunitárias discutiram tema de fundamental importância para a sociedade contemporânea, especialmente para as organizações que trabalham com cultura e educação: a economia solidária.
A conversa, conduzida por um francês "apaixonado por bibliotecas", Benoit, lançou grandes questinamentos e reflexões sobre os mecanismos de sustentabilidade com os quais as bibliotecas comunitárias operam e outros que elas podem agregar ao seu planejamento, de forma a garantir autonomia e preservar os princípios pelos quais suas ações são regidas.
A economia solidária, da maneira exposta por Benoit, pode ser pensada a partir de uma tríade, que se sustenta nas seguintes bases: prestação de serviços, articulação com o Estado e vinculação a uma rede de amigos. Essa sábia articulação pode ajudar a fortalecer a autonomia de instituições que não estão, segundo uma visão clássica da economia, engajadas num processo de consumo.
Para Isamar Araújo, mediadora de leitura do CEPOMA, cuja biblioteca faz parte da Rede, a conversa com Benoit foi esclarecedora por mostrar que a teia de relações que ela construiu na comunidade de Brasília Teimosa onde vive e trabalha, já se configura como um processo econômico. A manutenção do espaço e a alimentação dos alunos do CEPOMA dependem muitas vezes de pais e donos de pequenos empreendimentos na comunidade, que se dispõem, por acreditar no trabalho da instituição, a colaborar. Um vínculo de troca que é econômico e sustentável.
Assim como Isamar outros integrantes de bibliotecas refletiram sobre suas práticas de economia solidária, com universidades, escolas, vizinhos, amigos. Entre estas bibliotecas, a Biblioteca de Carangueijo-Tabaiares desde 2006 atua e se mantém a partir de uma Rede de Amigos da Biblioteca que contribuem das mais variadas formas para o funcionamento do espaço. Reginaldo, coordenador da Biblioteca de Carangueijo-Tabaiares, fala que, para fazer o espaço funcionar, passou por um processo de mudança de visão. "Eu achava que trabalhando na biblioteca ia ser um administrador de empresas, mas não foi assim. Eu fui me dando conta que eu vou administrar uma biblioteca, que não é um empresa".
O grupo seguirá com discussões a respeito do tema. Os próximos encontros acontecerão na Biblioteca de Carangueijo-Tabaiares, onde acontecerá, em agosto, o seminário Bibliotecas Comunitárias: o cultural, o social e o econômico, dentro do Festival de Literatura do Recife.
A conversa, conduzida por um francês "apaixonado por bibliotecas", Benoit, lançou grandes questinamentos e reflexões sobre os mecanismos de sustentabilidade com os quais as bibliotecas comunitárias operam e outros que elas podem agregar ao seu planejamento, de forma a garantir autonomia e preservar os princípios pelos quais suas ações são regidas.
A economia solidária, da maneira exposta por Benoit, pode ser pensada a partir de uma tríade, que se sustenta nas seguintes bases: prestação de serviços, articulação com o Estado e vinculação a uma rede de amigos. Essa sábia articulação pode ajudar a fortalecer a autonomia de instituições que não estão, segundo uma visão clássica da economia, engajadas num processo de consumo.
Para Isamar Araújo, mediadora de leitura do CEPOMA, cuja biblioteca faz parte da Rede, a conversa com Benoit foi esclarecedora por mostrar que a teia de relações que ela construiu na comunidade de Brasília Teimosa onde vive e trabalha, já se configura como um processo econômico. A manutenção do espaço e a alimentação dos alunos do CEPOMA dependem muitas vezes de pais e donos de pequenos empreendimentos na comunidade, que se dispõem, por acreditar no trabalho da instituição, a colaborar. Um vínculo de troca que é econômico e sustentável.
Assim como Isamar outros integrantes de bibliotecas refletiram sobre suas práticas de economia solidária, com universidades, escolas, vizinhos, amigos. Entre estas bibliotecas, a Biblioteca de Carangueijo-Tabaiares desde 2006 atua e se mantém a partir de uma Rede de Amigos da Biblioteca que contribuem das mais variadas formas para o funcionamento do espaço. Reginaldo, coordenador da Biblioteca de Carangueijo-Tabaiares, fala que, para fazer o espaço funcionar, passou por um processo de mudança de visão. "Eu achava que trabalhando na biblioteca ia ser um administrador de empresas, mas não foi assim. Eu fui me dando conta que eu vou administrar uma biblioteca, que não é um empresa".
O grupo seguirá com discussões a respeito do tema. Os próximos encontros acontecerão na Biblioteca de Carangueijo-Tabaiares, onde acontecerá, em agosto, o seminário Bibliotecas Comunitárias: o cultural, o social e o econômico, dentro do Festival de Literatura do Recife.